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  • Foto do escritorDra. Danielle de Gois

Comparar-se. Não naturalize escolhas alimentares que te prendem às mesmas respostas.

Possivelmente, antes de ler nossa mensagem de Orientações para bem viver, cujo tema da semana são as comparações, você já soube ou se informou sobre os benefícios de alguma fórmula para emagrecer rápido e sem esforços; ou obteve conhecimento sobre um alimento que você pode comer a vontade, que ele não acrescentará gordura ao seu corpo, etc.

Vejamos, é de fácil observação que somos diferentes: alturas, gostos, idades, afazeres, formas, etc. Até aí, parece uma fácil constatação, mesmo assim, há uma constante reincidência em tentativas de em nossos hábitos alimentares querermos provar e comer do mais prazeroso e conjuntamente exibirmos corpos, os mais próximos possíveis dos padrões de perfeição.

Queremos conciliar diferenças e com recursos fáceis e definitivos que nos façam parecer o que não somos ou como não estamos. As comparações são artifícios que nos comprometem e levam a alcançar às mesmas respostas, por sinal, respostas pouco ou com baixa eficiência.

Nossas escolhas alimentares não nos servem apenas para suprir nossa fome por alimentos. O ato de nos alimentar envolve cuidado connosco. Na Equilíbrio & Harmonia Clínica Psicológica, estamos atentos às escolhas alimentares naturalizadas em comparações que se mostram distantes de uma relação consciente quanto aos modos como nosso/a paciente vive e age.

Comparar-se no que diz respeito aos hábitos alimentares pode levar-nos a seguir procedimentos e ingerir produtos que, pouco ou nada, contribuem para nos mantermos saudáveis, bem-dispostos e assumirmos nossas decisões. Na clínica são frequentes narrativas do tipo: “eu como pouco e engordo por qualquer coisa”, “fiz tudo que a dieta universal XXX disse e não perdi peso”, “faço tudo e não consigo ter um corpo que eu me sinta confiante”, etc.

Nosso trabalho envolve auxiliar você a romper com naturalizações que te oferecem sempre às mesmas respostas indesejáveis. Não temos fórmulas secretas de educação alimentar, uma nova dieta milagrosa, exercícios físicos ou alimentos pouco explorados em termos nutricionais, o que lhe garantimos é um olhar atencioso e cuidadoso ao modo como você se está relacionando consigo.

Comparar-se inibe a sua possibilidade de experimentar novas histórias, o que você concebe como “pouco ou muito” precisa ser apoiado em sua vida e nas suas ações; “o que você quer dizer com fiz de tudo” precisa ser compreendido por você quanto ao significado de suas ações e palavras; “ter um corpo em que se sinta confiante” precisa repercutir em qual o sentido você associa entre corpo e confiança, e inclusive, porque você precisa comparar seu corpo com de uma outra pessoa, que pode inclusive ter um biótipo diferente do seu.

Cuide-se, as comparações podem estar a impedir de se cuidar devidamente.



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