A ficção no cinema, séries e telenovelas são entretenimento, deveriam distrair-nos dos assuntos do cotidiano.
Quando os temas são sexualidade, sexo, intimidade, prazer e libido, muitas vezes, o âmbito da ficção oferece conteúdo e informações que ultrapassam o plano do entretenimento e assumem lugar de referência para as pessoas com mais ou menos experiência relacional afetiva.
Socialmente, precisamos estar atentos para não transformar vidas alheias e/ou ficcionais em parâmetros aos quais comparamos nossas vidas, encontros e investimentos afetivos. Uma cena de ficção reúne elementos que são manipulados para parecer agradáveis, desejáveis e estimulantes. Se compararmos nossas vidas de intimidade com performance visualizadas na ficção, reduzimos nossas possibilidades de nos entregarmos a nossas experiências reais.
A cena da ficção não condiz ao que aqueles atores e atrizes sentem ou desejam, na verdade, isso se quer importa, pois eles estão atuando experiências que foram descritas e criadas para justamente parecer que são reais.
Situações no cenário de ficção, que estimulam os/as expectadores a realizar comparações de corpos, de como agir, com consequências nas relações, não sendo representativas de afetos podem impedir-nos de alcançar a intimidade connosco e com nossos parceiros, uma vez que abrimos mão do autocuidado e com nossos pares, passando a tentar alcançar propósitos que não são nossos (reais), que não conhecem nossos gostos, nossa sensibilidade, etc.
Nossas reflexões sobre as relações de intimidade ficcionais, igualmente valem como alerta às comparações que são naturalizadas entre ex-parceiros. Somos únicos, não podemos esquecer ou negligenciar esta condição, nossa atenção e cuidado psicológico, na Equilíbrio & Harmonia Clínica Psicológica, é alertar você que alimenta inseguranças em si e nos seus parceiros por tentar conferir/analisar se as experiências são semelhantes àquelas anteriormente vividas, se as experiências de intimidades podem potencialmente se mostrar melhores ou inferiores.
Despertar para o valor que cada encontro nos solicita, investir no nosso autoconhecimento, valorizar nossas experiências e com quem escolhemos partilhar.
As descobertas são possíveis a quem está presente e aberto. Infelizmente, quando comparamos, nos fechamos às nossas experiências e valorizamos as que não são nossas, inclusive que podem nem ser reais.
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