A autossabotagem pode acompanhar-nos em diferentes situações e episódios da vida. A autossabotagem alinha-se inclusive com as temáticas do prazer e da sexualidade. Não somos iguais e nos respeitar é fundamental para descobrirmos e vivermos experiências que nos preencham de sentido e prazer, contudo quando agimos contra nós, e isso pode ser por exemplo seguir um estereótipo de sexualidade, diminuímos nossas possibilidades de realização, satisfação e partilhas prazerosas.
Fingir que não sentimos ou que não estamos magoados não nos ajuda na entrega e nas descobertas. O diálogo aberto e honesto começa entre nós com nós mesmos. Aflorar nossa imaginação e nos informar são elementos importantes, contudo se negamos a nós a possibilidade de autoconhecimento, de procurar o que nos estimule vida e prazer, como podemos esperar que o outro, que não vive o que vivemos, sente o que sentimos, seja o único responsável pelo nosso prazer?
A persistência em cuidar de si e não em agir de forma a se subordinar a comparações com vidas alheias e não ter pressa, e sim esperar seu tempo são orientações para você se cuidar, afinal: como você pode sentir prazer, seja no sexo seja na partilha de intimidade, se por acaso você age como se estivesse contra você?
Querer reproduzir o que parece ser bom para outras pessoas ou achar que é isso que elas querem, pode até parecer uma decisão segura e confiante, mas talvez você esqueça de que assim, você acaba depositando em si a tarefa de controlar e resolver tudo. Cuide de si e não daquilo que você quer que as pessoas saibam e vejam sobre você. Colabore com seu processo, procure ajuda psicológica.
O principal e inadiável compromisso que você precisa estabelecer é consigo, manter-se em desenvolvimento emocional é uma forma de experimentar confiança, praticar empatia, logo você percebe novas histórias que estão sendo construídas pelo seu protagonismo, você construindo a pessoa que você quer ser nas relações.
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