Por nós, pelo mundo que queremos, pelo presente que construímos: como convivemos com os nossos possíveis?
Impressionam as crenças de superioridade que destinamos àquilo que nos é alheio. Na clínica são frequentes as nossas observações de que há uma insistência de atribuir à sorte o conduzir da nossos vidas, são gerações e mais gerações seguindo a mesma sentença da sorte e do azar.
Neste sentido, sob essa óticas de sorte e azar, agimos como se os dias nos atropelassem.
Os nossos possíveis são uma chamada de atenção da Equilíbrio & Harmonia Clínica Psicológica para refletirmos: o que estamos fazendo na direção de alcançar não só coisas, mas, principalmente, nossos modos de estar no mundo, cada vez mais, sintonizados entre pensamento-ação-emoções?
Não precisamos de nos refugiar no consumo de objetos como se assim nos convencêssemos quanto a nossa fragilidade, medos e incertezas podem ser superados desde que hajam meios para comprar, comprar e comprar.
Conjuntamente ao movimento de consumir há, frequentemente, os refúgios de nossas tomadas de decisão em hipóteses baseadas naquilo que observamos como realizável para outras pessoas. Sejam os consumos, sejam as hipóteses baseadas na vida de terceiros, precisamos refutá-las a fim de não nos anularmos restringindo-nos a uma vida distante de nós. Sofremos mais por tentar parecer com o que é diferente de nós, do que se cuidássemos de nos ouvir, silenciar e lutar por dias melhores.
Os nossos possíveis não são esquemas, frases, soluções que garantam absolutamente nada. Os nossos possíveis estão mais próximos de cuidarmos e respeitarmos o ser que somos a nos descobrir, construir e refazer.
Desejamos mais e mais possibilidades para sua caminhada, mas lembramos que não precisamos de todas as possibilidades, apenas daquela que admitirmos responsavelmente.
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