“A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa.
Esta semana nosso tema referente a Orientações para bem viver é um convite: encoraje-se.
Subvalorizar aquilo que incomoda ou lhe desperta satisfação desencadeia restrições nos modos como você se relaciona consigo e com o mundo.
Subvalorizar o acto de falar sobre si e a auto-observação são estratégias de cuidados psicológicos para a promoção de sanidade emocional e um convite ao diálogo com as nossas prioridades. Através da auto-observação, religamo-nos ao mundo de sentidos, ao ambiente, ao momento histórico que estamos construindo, às outras pessoas e, mais facilmente enfrentamos opressões e violências que podem estar a anos ameaçando nosso bem viver cotidiano.
Encoraje-se não só a racionalizar suas experiências, mas igualmente a refletir sobre o seu sentir e os sentidos que acompanham as suas vivencias na medida em que são desvelados encontros e desencontros.
Encarar a sua realidade cotidiana ao invés de se deixar absorver por adições e compensações/compulsões alimentares são modos possíveis de reaver nosso cuidado connosco.
Encoraje-se às relações e aos diálogos que nos religam ao mundo e a ser você mesmo; sempre que precisar procure cuidados psicológicos.
Encoraje-se a compreender seu processo, seu ritmo e seu presente. Lembre-se que as explicações não significam verdades universais e, inclusive, verdades são combináveis aos modos como vivemos, o que nos desafia a não concluir, mas sim, permanentemente recomeçar.
Encoraje-se a sentir-se bem consigo.
As relações iniciam-se e movimentam a partir de si.
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