O tema desta semana é autossabotagem. A pergunta inicial para nos convidar a reflexões e aos cuidados diários é: como vai sua relação com você?
Vivemos tempos nos quais a individualidade é supervalorizada. Mulheres e homens de diferentes idades convivem com as pressões sociais por parecerem melhores do que são. Nada disso é novo e inclusive, usualmente, ouvimos e referimos que são tempos exigentes que humanos hajam de modo semelhante as características exigidas e esperadas às máquinas. As exigências do mundo do trabalho são transportadas para nossas vidas domésticas, para os modos de nos relacionar e subordinam as nossas relações afetivas.
Diariamente, na Equilíbrio & Harmonia Clínica Psicológica, o tema da autossabotagem faz-se presente de forma elevada na quantidade de situações clínicas que procuram ajuda, neste sentido dedicamos atenção ao seu cuidado e à sua história de vida. Chamar atenção para a autossabotagem desvela-se estarmos atentos aos nossos modos como nos relacionamos connosco, inclusivamente, como este relacionar constante nos desafia às mudanças possíveis e acessíveis na forma como nos cuidados, somos gentis e gerimos as dificuldades que diariamente nos contactam.
Muitas vezes, vivenciamos a autossabotagem sem nomeá-la, nos cuidados psicológicos percebemos o manifestar da autossabotagem nos nossos pacientes conjuntamente às crenças de que todos os dias são iguais e que repetir erros são as condições possíveis para si. A constante pressão de se sentir como num filme em que você já sabe como termina, ou gostaria que terminasse, não oferece apoio e impede a construção de novas histórias de forma natural e que faça mais sentido para a pessoa que você é. As repetições podem ser um alerta para as escolhas e os meios por si encontrados para se relacionar consigo e com o mundo.
Nossa proposta de cuidado psicológico intervém no enfrentamento das situações que lhe aprisionam a sensação de mal-estar, sofrimento, de perda de tempo e de energia.
Como referimos, as pressões sociais existem, mas raramente admitimos que nós nos pressionamos a agir, a ser, a nos comportar tal e qual às crenças por nos construídas de que se repetirmos uma ideia, uma relação, um estilo de vida etc., que aparentemente resultou com outra pessoa, finalmente nos sentiremos bem connosco.
As crenças podem nos inspirar e impulsionar, porém inclusivamente podem nos limitar. Na autossabotagem, as crenças por nós criadas ou que nós seguimos de forma irrefletida para gerir nossas escolhas e nossos modos de viver são contrárias a nós, nos fazem sofrer, nos limitam e nos negam equilíbrio e cuidado. Frases que exemplificam crenças negativas, por exemplo, “eu não consigo” e “eu não mereço” acompanham todos/as que experimentam episódios de autossabotagem. É importante destacar que estas crenças por nós construídas expressas, declaradamente ou não, foram construídas a partir de nossas histórias de vida, adotando como referência eventos nocivos e que diariamente podem inspirar nossos comportamentos e pensamentos; nossas atitudes e emoções impedindo nosso crescimento.
Crenças negativas desvalorizam e distorcem nossa autoimagem, o que acentua e torna desgastante a nossa tarefa de cuidadores de nós e dos demais.
Procure ajuda psicológica, refazer laços com seu autoconhecimento não precisa ser uma tarefa isolada, a Equilíbrio & Harmonia Clínica Psicológica acredita que cuidar de si, de sua saúde mental e do seu desenvolvimento emocional envolve apoiar você em caminhos que versem pela orientação de seu viver.
Lembre-se que tolerar frustrações pode ser desgastante e uma experiência traumática anteriormente vivida não significa uma sentença para sua vida. Não transforme relacionamentos abusivos num desinvestimento em você, mantenha-se atento/a às relações e a si, não se transforme em seu inimigo.
Comments