Quantas vezes não nos privamos de comer aquela comida que nos dá prazer?
Infelizmente, naturalizamos o ato de nos alimentar com ter que cumprir exigências e expectativas exteriores a nós. Contamos com o maior e mais bem preparado vigilante: nós.
Nem por isso, conseguimos seguir as racionalizações sobre o que comer, quanto comer e porque comer. Dias e dias envolvidos em culpa, sofrimentos físicos e emocionais. Além de organicamente sentirmos fome e precisarmos de nos alimentar para satisfazer nossas necessidades vitais, as emoções contribuem em nossos julgamentos sobre nos satisfazer nas refeições e nos lanches. Quando são as emoções que sinalizam a fome mesmo ingerindo altas doses de calorias e nutrientes diversos não nos sentimos satisfeitos, o mais próximo que chegamos é de uma satisfação momentânea e o contínuo não reconhecimento de saciedade. As fomes repentinas escondem uma urgência não por alimento e sim por sermos amados, valorizados, desejados etc.
Cuide de si, suas emoções são essenciais para o seu viver, alimentos não são anestésicos para os nossos afetos. Respeite seu corpo. Não naturalize ceder a impulsos por mais e mais alimentos ou a privação descontrolada destes, como se estes atos fossem apagar de suas experiências culpas por não estar satisfeito com o seu viver.
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