Sorrir parece uma atividade simples e fácil, mas quando uma pessoa experimenta depressão sorrir pode se revelar uma atividade não espontânea, inclusive dolorosa e até inexistente.
A suspensão que a depressão acomete a um número crescente de pessoas a nível mundial não se trata de uma patologia livre de estigmas. A não aceitação de que a depressão pode atingir qualquer ser humano contribui negativamente para que mais e mais pessoas sejam assistidas precocemente e eficazmente.
Naturalizamos a hipervalorização do pensamento racional como se neste existisse a solução para todas as perguntas e incertezas humanas. O campo racional faz parte do nosso modo humano de lidar connosco e com as coisas (circunstâncias e objetos) no entanto, quando hipervalorizamos a razão no nosso cuidado à saúde mental esquecemos que não somos apenas seres biológicos em exclusão de sermos seres sociais e afetivos. A complexidade única e irrepetível que somos como indivíduos precisa ser cuidada a partir de sua condição. A depressão desafia a aprendermos que o cuidado precisa ser um campo interdisciplinar e que este paciente que experimenta o estado de pressão precisa ser apoiado inclusive para aprender a lidar consigo nas suas fragilidades e possibilidades. “Como você lida com sua experiência da depressão?” é uma descoberta e apropriação necessária e urgente, e nós estamos atentos para que você retome o protagonismo de sua história, para tanto faz-se necessário nosso cuidado especializado. Seu modo de viver e de se relacionar não pode ser suspenso ilimitadamente pela depressão.
Apreciar o simples é um modo de romper com tramas complexas de cobrança, insatisfação e pressões que você pode estar vivenciando durante anos sem saber que estas tramas sugam, suspendem, imobilizam sua capacidade de estar no mundo de forma mais tranquila respeitando seu ritmo.
Procure cuidados psicológicos, hoje é a sua oportunidade de bem viver.
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